Ezequiel entrou de curioso na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023. Hoje está condenado a 14 anos de prisão pelo STF por crimes que não cometeu. Em maio deixou o Brasil, em busca de refúgio, deixando esposa com seus filhos pequenos entre 9 anos e quatro meses. Para piorar, o STF bloqueou o licenciamento dos caminhões boaideiros, impedindo o sustento da família.

8 DE JANEIRO: MORAES SOLTA MORADOR DE RUA

O morador de rua estava no meio da multidão que se manifestava em 8 de janeiro, no QG de Brasília. No dia 9 de janeiro de 2023, o Governo Brasileiro transformou Kelson de Souza Lima num preso por estar acampado. Foi para o presídio Papuda e de lá foi solto com medidas cautelares, dentre elas tornozeleira. Por erro de comunicação de Moraes e a central de monitoramento, Kelson voltou a ser preso por três meses, desta vez num presídio do Ceará.

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Em janeiro de 2023, mais de 2 mil pessoas foram retiradas do QG em frente ao quartel de Brasília e levada para o Ginásio da PF. De lá foram para presídios.

CAXIENSE RELATA O DRAMA DO 8 DE JANEIRO

“A ala para a qual fui levada era a Bravo, onde ficamos em 124 patriotas com um corredor que tinha 12 quartos de um lado e 12 quartos de outro, além de uma sala. Creio que aquele local era destinado a gestantes e nos colocaram temporariamente ali. Eu preferi ficar na sala e dividi o colchão com a Iraçui dos Santos, 41 anos, uma patriota de Passo Fundo.

O meu advogado da época, Dr. Marcelo Borges, acreditava que eu sairia tão logo fosse feita a audiência de custódia. Me dizia que por ter filhos menores eu seria colocada em liberdade para responder em casa. Só que isso não aconteceu!

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AMIGAS UNIDAS E SEPARADAS PELO 8 DE JANEIRO

Elas são de Cuiaba, MT, mas foram se conhecer somente dentro do presídio Colmeia, em Brasília, quando foram presas por se manifestar ordeira e pacificamente. Alguém depredou os prédios da República e um tumulto tomou conta da Praça dos Três Poderes, com a polícia jogando bombas e tiros de bala de borracha na população. As duas, sem se conhecerem, se refugiaram no Palácio do Planalto. Hoje, uma está no exílio e a outra no presídio, com condenações de 13,5 anos (Simone) e 14 anos (Elisângela).

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