PRESO POLÍTICO É LEVADO PELA PF MESMO COM RECURSOS PENDENTES

Ana Maria Cemin – Jornalista

16/05/2024 (054) 99133 7567

Na tarde desta quarta-feira, dia 15 de maio, o preso político Eduardo Zeferino Englert, 42 anos, foi preso pela Polícia Federal, em Santa Maria, RS. Ele foi condenado a 16,5 anos de prisão pelo júri virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) por participar das manifestações em Brasília. O seu advogado Marcos Vinícius Rodrigues de Azevedo, que defende o patriota, interpôs recurso que nem sequer foi julgado e pediu o relaxamento de sua prisão.

A informação de que ele estava sendo recolhido ao presídio surgiu às 15h46 do dia 15, quando fez contato com as pessoas para informar a situação. “O motivo parece ser o recolhimento por causa das fugas de outros presos políticos, mas não tenho nada fundamentado a respeito. Fui informado que se trata de uma prisão preventiva, mas está sem qualquer fundamentação. A nossa preocupação é que Eduardo foi encaminhado para o presídio”, informa o advogado, que está tomando todas as providências cabíveis para Eduardo continuar respondendo em liberdade provisória.

QUEM É EDUARDO ENGLERT?

Após as eleições de 2022, Eduardo participou das manifestações no QG de Santa Maria, mas não ia com tanta frequência ao local. Seu receio era a volta da corrupção sistêmica no Brasil, por não achar normal a eleição de Lula, com todo o histórico conhecido. Ele foi a Brasília em ônibus que saiu de Passo Fundo na madrugada de 7 de janeiro de 2023. O destino era o Centro de Tradições Gaúchas de Brasília, onde o ônibus chegou às 15h30 de 8 de janeiro. Os manifestantes foram recepcionados pelo Patrão do CTG com um carreteiro à moda gaúcha. 

Foi no CTG que Eduardo soube que as pessoas estavam se dirigindo em marcha para a Praça dos Três Poderes ainda naquela tarde. Ele saiu sozinho em direção à manifestação por volta das 16h30, porque não conhecia as pessoas com as quais viajou. Levou 30 minutos para chegar no local, conforme o Google.

Sem mais nem menos, Eduardo passou a ver helicópteros em voos rasantes a 20 metros de altura na Praça dos Três Poderes, e policiais fortemente armados atirando nas pessoas. Inúmeras bombas eram jogadas na direção da população.

Assustado e com muito medo de ser alvejado pensava numa saída daquele contexto bélico.

Entrou no Palácio do Planalto, pois a porta estava aberta, quebrada. Lá dentro, viu alguns móveis revirados. Percebeu muitas pessoas abrigadas no saguão, se protegendo dos ataques aéreos. Ao identificar a presença do Exército Brasileiro no interior do prédio, Eduardo sentiu um alívio, por saber da responsabilidade da instituição com as pessoas de bem.

Os patriotas rezavam ajoelhados sobre as suas Bandeiras do Brasil estendidas no piso e pediam para que os soldados os protegessem. 

Depois da entrada no prédio, Eduardo ficou sete meses preso em Brasília até voltar para casa com tornozeleira eletrônica e com a acusação de cinco crimes. Foi julgado e condenado pelo STF a cumprir a pena de 16,5 anos. Por mais que a defesa comprove que Eduardo não estava no local no momento das depredações, o STF entende que ele é criminoso e deve cumprir pena em presídio.

Em fevereiro, Eduardo concedeu uma entrevista que você pode ler em:

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