“TERRORISMO FOI O QUE FIZERAM CONOSCO EM BRASÍLIA”

Ana Maria Cemin – Jornalista

14/02/2024 – (54) 99133 7567

Maria deu aula durante muitos anos para as séries iniciais. Depois especializou-se em elaboração de projetos.

“Ainda bem que me deixaram passar com a minha arma muito poderosa, a Bíblia, porque atribuo a isso o fato de não ter sido atingida por bombas e tiros, pois ali naquele descampado eu era um alvo muito fácil. Nem mesmo quem estava ao meu lado foi atingido, porque os fortes ventos mudavam a direção dos projéteis lançados em nós. Eu segurava a Bíblia e a A Palavra de Deus tem poder. Depos, lá dentro do Palácio do Planalto, eu só orava e chegava na frente dos policiais com a Bíblia aberta, e não atendia as suas ordens – dadas aos gritos – para que eu me deitasse ou me sentasse”, diz Maria do Carmo.

“Isso foi um terror vindo da Tropa de Choque e o pior foi ver o exército ali presente não reagir para nos defender. Eles sabem que somos inocentes, pois chegamos depois das 4 horas da tarde do dia 8 de janeiro e eles já estavam lá. Me viram passando com a Bíblia na cara de cada um deles, inclusive na cara da Tropa de Choque”, diz ela.

“Dentro do Palácio do Planalto, na minha frente, estavam alguns homens deitados, com máscaras e roupa preta. Os policiais tocavam com o pé, de leve nos ombros deles, e dizia: Esse é dos nossos, pode sair! E, assim, saíram uns cinco, antes de gritarem que estávamos sendo presos! A diferença entre os patriotas e os homens que saíram, é que não usávamos máscaras e eles, sim, estavam mascarados. E suas camisetas eram escuras”, conclui.

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