
Ana Maria Cemin – 23/04/2025
No final de 2024, ocorreu uma onda de prisões de presos políticos que cortaram as tornozeleiras eletrônicas e evadiram do Brasil. Dentre eles está Rubem Abdalla Barroso Júnior, 46 anos, recapturado em 8.11.2024 e levado para o Presídio Estadual de Rosário do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul. Hoje, 23 de abril, ele saiu do presídio e foi para casa em prisão domiciliar.
Em 14 de fevereiro, a Dra. Valquíria Durães pediu o recambiamento do preso político para o Presídio Estadual de Santana do Livramento, também no RS. Como retorno ao pedido, após analisar as considerações da Procuradoria-Geral da República sobre o caso, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Rubem Abdalla em Rosário do Sul, com uso de tornozeleira eletrônica.
Assim como os demais que receberam prisão domiciliar, ele não poderá usar rede social, conceder entrevistas e receber visitas, ficando em total isolamento dentro de casa, aguardando o andamento do seu inquérito.
O caso de Rubem Abdalla ficou bastante conhecido porque ele estava refugiado no Uruguai e entrou no Brasil apenas para a compra de uma geladeira. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) observou que o veículo em que o preso político estava desviava dos postos policiais. Após acompanhar o veículo por um tempo, a PRF fez a abordagem do veículo na BR-290, logo na entrada da cidade de Rosário do Sul.
Natural de Cuiabá, MT, o preso político estava no banco do passageiro e possuía um mandado de prisão emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o interrogatório, ele alegou que estava escondido no Uruguai e que voltou ao Brasil apenas para efetivar a compra do eletrodoméstico. O inquérito de Rubem Abdalla é sigiloso e refere-se ao 8 de janeiro, em especial com arrecadação de PIX no acampamento. Não há muita informação sobre o seu caso nesse momento.
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