
Ana Maria Cemin – 08/05/2025
O ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão da dentista Yette Santos Soares Nogueira, que estava presa na Unidade Penal Feminina de Palmas, TO, onde se encontra há nove meses. A decisão foi assinada ontem, dia 7 de maio, e publicada hoje. Yette ficará em prisão domiciliar, em sua residência, usará tornozeleira eletrônica, não poderá receber visitas e usar redes sociais.
Ela está muito doente, e conforme laudos médicos, depoimento da própria presa em audiência e relatório clínico atualizado, ela possui nódulo tireoidiano com suspeita de malignidade; nódulo em corda vocal; obstrução em veia intracraniana; obstrução em válvula cardíaca; colite ulcerativa crônica com intolerâncias alimentares graves; sequelas pós-COVID-19; perda de 20 kg durante o período de prisão.
Seu quadro psiquiátrico é severo, apresentando transtorno misto ansioso e depressivo, reação a estresse grave, sintomas psicossomáticos intensos, insônia, e ideação de morte recorrente (sem plano suicida), apesar de uso contínuo de Escitalopram, Quetiapina e Alprazolam. Há recomendação médica expressa de retorno imediato à psicoterapia com profissional da rede privada, tratamento que se mostra inviável no atual regime prisional.
Yette também é a única responsável por seus pais, com idades avançadas (82 e 81 anos), portadores de enfermidades como glaucoma, cegueira parcial, hipertensão e diabetes. Ambos dependem exclusivamente de Yette para visitas aos médicos, administração de medicamentos e sustento básico, já que sua aposentadoria somada é insuficiente para as despesas essenciais. A ausência da Requerente tem causado sofrimento psíquico aos idosos e agravamento das suas próprias condições clínicas.
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