
Ana Maria Cemin – 30/03/2025
A CARTA REVELA MUITO. ENTÃO APENAS A COMPARTILHO E CONVIDO VOCÊ A FAZER O MESMO.
“Meu nome é Joel Borges Corrêa, sou de Tubarão, SC, dono do meu próprio caminhão. Tudo começou quando estava de folga no início de 2023 e fui convidado por amigos para ir à manifestação em Brasília.
Em Brasília, caímos numa armadilha.
Durante a manifestação estavam presentes infiltrados que invadiram os prédios do governo e, nesse momento, todos os manifestantes foram presos, inclusive eu.
Fomos levados para o Papuda onde estive por sete meses e, nesse período, o ministro Alexandre de Moraes foi nos visitar e falou que estavam sendo analisadas as imagens e que quem não tivesse feito nada de errado seria liberado.
Eu fiquei feliz, pois nada tinha feito e isso significava que eu sairia logo da prisão.
Infelizmente, o ministro mentiu e depois de ficar sete meses preso sai com tornozeleira eletrônica. Depois fui julgado e condenado a 13 anos e seis meses de prisão, e resolvi vir para a Argentina, justamente porque o presidente eleito falava muito em liberdade e eu não queria voltar para o Papuda, onde já tinha emagrecido 30 quilos.
Entrei legalmente em abril de 2024, fiz toda a documentação argentina, como o DNI, que só é dado a quem não tem antecedentes tanto na Argentina quanto no país de origem.
O fato é que desde que cheguei na Argentina fiz o pedido de refúgio político e segui vivendo de forma livre aqui até novembro, quando fui preso por um pedido de captura do Brasil, o que considero uma prisão ilegal, já que tenho o refúgio provisório.

Fui levado a uma comisária (delegacia da polícia federal argentina) onde fiquei preso por 56 dias em uma cela 1,40 x 1,90, chamado calabouço, sem janelas e sem banheiro. Me deixavam tomar banho a cada cinco dias e recebia comida uma vez por dia.
Nunca imaginei passar por isso num país no qual o presidente fala sempre em liberdade.
Em alguns momentos tive vontade de tirar a própria vida e não o fiz por meus filhos e minha família. Depois disso, pedi um psiquiatra e estou em tratamento desde então. Tomo dois tipos de remédios todos os dias.
Depois desse tempo no calabouço fui transferido para uma penitenciária com presos comuns (cometeram crimes de verdade), onde fiquei oito dias sofrendo mais humilhações todos os dias.

Os guardas vinham na minha cela, me tiravam para fora e exigiam que caminhasse nu com as mãos para cima, no corredor do presídio. Foi a maior humilhação da minha vida!
Na sequência, fui transferido para outra penitenciária em uma viagem de 14 horas algemado e acorrentado, o que foi outra tortura.
Desde então sigo preso sem esperança, pois se passaram quatro meses. E o governo que fala em liberdade nos mantém presos.
Que liberdade é essa?
Hoje estamos presos em quatro homens e uma mulher aqui na Argentina. Todos sem antecedentes criminais. Até quando ficaremos aqui?
Somos todos homens de bem, pais de família.
Nos ajudem a divulgar. Façam alguma coisa, pois não aguentamos mais!
Socorro!”




Aqui você lê um pouco mais sobre quem é Joel.
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