Ana Maria Cemin – 04/01/2025
A presa política Jennifer Cristina Ferreira Martins, 40 anos, está em risco iminente de prisão devido a uma falha na sua tornozeleira eletrônica. Na virada desse ano, o equipamento apresentou problemas de funcionamento, conforme explica a sua advogada Marta Padovani, que está preocupada com o risco de ela ser presa ao se apresentar no Fórum na segunda-feira, 6 de janeiro, para a assinar presença semanal (como são obrigados todos os patriotas em investigação, em processo de julgamento e, também, os já julgados).
“A minha cliente passou a virada de ano com o equipamento estragado e tentamos resolver isso imediatamente para não ter o risco, mas somente neste sábado, 4 de janeiro, ela foi atendida. Foi até o local e ao sair da central de monitoramento em direção a sua casa, Jennifer constatou que o equipamento continua com problema de sinal”, relata a Dra. Marta.
A presa política está em casa com tornozeleira há mais de um ano e dez meses e aguarda o desfecho de sua ação penal. Ela se tornou ré pelo fato de ter viajado a Brasília para as manifestações de janeiro de 2023 e ser presa na manhã do dia 9 no QG. Desde então, ela vive um dia depois do outro tentando sobreviver, com momentos de muitas dificuldades financeiras.
Até ser presa em Brasília e voltar para Água Santa de tornozeleira, Jennifer era representante comercial de marcas ligadas à beleza e prestadora de serviço de eventos hotéis na capital de MG e em sua cidade. Os contratos de trabalho foram cancelados e hoje ela vive da venda de produtos numa loja montada com a ajuda de seu pai e como manicure/pedicure.
“Há dois meses peço a ampliação da área geográfica da Jennifer para que ela volte a fazer os seus trabalhos temporários em eventos e na hotelaria. Ela precisa muito, pois é mãe solo. Até agora, no entanto, não obtivemos resposta do Supremo Tribunal Federal. Ela é mãe solo e tem um filho de cinco anos que depende dela e as necessidades básicas precisam ser supridas. O uso de um equipamento de monitoramento que restringe a sua vida, tanto em horários e distância, colocou a questão alimentar dela e do filho em risco. São quase dois anos nessa situação”, lamenta a advogada, que segue peticionando para sensibilizar os ministros da Suprema Corte.
Leia também uma matéria mais antiga na qual Jennifer conta a sua história:
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