PRESA POLÍTICA PEDE AJUDA PARA TRATAR GLAUCOMA

Ana Maria Cemin – Jornalista – 19/04/2024

Ela tem glaucoma há mais de 10 anos e seu olho esquerdo está muito comprometido. Quando participou da manifestação no dia 8 de janeiro de 2023 estava em dia com o seu tratamento, com uso de colírios. Na época, dava aulas para crianças com dificuldades de aprendizagem e tinha autonomia de ir e vir, e emitir a sua opinião. Tudo isso mudou de uma hora para outra.

Jamais, Sintya Raquel, 52 anos, moradora de Brasília, poderia imaginar que seria presa, encarcerada no Presídio Colmeia por 2 meses, por participar de uma manifestação. E mais: que ficaria sem receber os colírios por 20 dias para o seu tratamento, mesmo com a insistência de suas irmãs junto à administração do presídio.

“Ao sair do presídio, eu não consegui retomar de imediato o tratamento que fazia no SUS, mas segui usando os mesmos colírios. Agendei uma consulta num hospital das Forças Armadas, com a ajuda de uma conhecida, e a médica de lá recomentou fazer a cirurgia do olho esquerdo, porque os exames indicaram uma condição degenerativa grave”, relata.

Voltou a fazer tratamento com oculista no SUS e aguarda nova consulta para fazer o pedido de cirurgia, já com os exames em mãos.

PEDIDO DE AJUDA

Sintya usa diariamente quatro colírios, sendo que dois deles são caros e ela não consegue comprar sem ajuda. Desde que voltou para casa do presídio, ela usa tornozeleira eletrônica e vive da venda de panos de prato. Sua vida está limitada por uma série de restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal, condições que é obrigada a seguir para não retornar à prisão. Ela se encontra em liberdade provisória, aguardando julgamento do STF, assim como mais de 1,4 mil pessoas presas em 8 e 9 de janeiro do ano passado.

Caso fosse fazer cirurgia de glaucoma, Sintya precisaria entre R$ 12 mil e R$ 15 mil, para resolver o problema dos dois olhos. Ela não tem esses recursos.

Quem desejar ajudar com qualquer valor, o pix de Sintya é o celular (61) 99860 2455. A cada R$ 10 reais, a pessoa que ajudar tem direito a escolher um nome na cartela de sorteio de seis panos de prato feitos pela patriota.