
Ana Maria Cemin – 14/05/2025
Na manhã de hoje, 14 de maio, as advogadas do preso político Hamilton Oliveira Pires Filho, 27 anos, receberam a informação de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) é favorável à prisão domiciliar, após o ministro Alexandre de Moraes encaminhar as seguintes informações sobre o caso específico do rapaz à PGR:
“A Defesa de Hamilton Oliveira Pires Filho (nome social Tifany Oliveira Pires) apresentou manifestação informando que em audiência apresentou informações pessoais e de natureza grave, as quais dizem respeito a eventuais abusos, ameaças e outras condutas ilícitas supostamente praticadas por detentos da unidade prisional da comarca de Uberlândia/MG. Por conta disso, solicitou autorização para a restrição da publicidade dos atos processuais e subsidiariamente que tramitem em segredo de justiça ( petição STF nº 60058/2025, eDoc. 226). Além disso, apresentou manifestação requerendo a revogação da prisão preventiva e subsidiariamente a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar (petição STF nº 60454/2025, eDoc. 229).”
De acordo com a Dra. Ana Caroline Sibut Stern que advoga para o preso político junto com Dra. Taniéle Telles de Camargo, esse é um forte indício de que em breve ele voltará para casa. É mais uma vitória dentro do conjunto de defesas das duas advogadas do 8 de janeiro.
CLAMOR DA MÃE DE HAMILTON
Em 23 de abril, publicamos o apelo da mãe de Hamilton, um pedido de ajuda para o filho que sofreu abusos dentro da penitenciária. Maria das Graças Leite, 50 anos, contou que Hamilton foi recolhido ao presídio de Brasília depois que o QG foi evacuado na manhã de 9.01.2023. Inicialmente, Hamilton respondia por dois crimes, mas desde outubro do ano passado ele passou a ser acusado de cinco crimes, os mesmos que levam os réus do 8 de janeiro a condenações de 14 a 17 anos de cárcere. Por um problema familair que resultou num Boletim de Ocorrência, ele foi recolhido ao presídio, mesmo sem provas de que ele tenha praticado agressões ou algo do gênero.
Como relatei antes, o motivo de Maria das Graças me procurar foi um pedido do filho, feito no mês de março, durante uma videoconferência. “Ele me pediu por tudo quanto é sagrado para achar você e falar de alguns abusos que ele sofreu dentro da prisão”, diz a mãe.
A partir da publicação da matéria, a Dra. Taniéli, presidente do Instituto Gritos de Liberdade, assumiu o caso de Hamilton, que até então estava sendo atendido pela Defensoria Pública da União.
Mais detalhes sobre o caso de Hamilton você lê nessa matéria:
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