Ana Maria Cemin – 20/01/2025
A família do coronel da reserva Jorge Eduardo Barreto Naime passa por momentos difíceis desde o 8 de janeiro, quando ele cumpriu a sua missão de evacuar a Praça dos Três Poderes, mesmo estando de férias. Desde então, ele responde pelos mesmos crimes dos presos políticos e, hoje, dia 19 de janeiro de 2025, sua defesa diz que ele sofreu mais um ataque a sua reputação, desta vez da colunista do Metrópoles, Mirelle Pinheiro, que apresenta um vídeo com o título “Réu do 08/01, coronel da PMDF orientou tropa para tomar cloroquina”. A família informa que todas as matérias negativas que o veículo publica, desde o mês passado, são dessa jornalista.
A matéria pode ser lida no link:
https://youtu.be/7QMGQ81FU3Q?si=m7nYRZh0mRPozoks
O que o Metrópoles não mostra, de acordo com a defesa, é que Naime também gravou outros vídeos na época destacando os cuidados com a tropa e a tentativa de conseguir com urgência a vacinação do Covid, uma vez que a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deu continuidade nos serviços durante a pandemia, como você pode ver no link:
Conforme os dados citados, entre 2020 e 2021 foram a óbito 37 policiais devido à doença e 2.271 policiais foram infectados por ela.
Conforme os dados citados, entre 2020 e 2021 foram a óbito 37 policiais devido à doença e 2.271 policiais foram infectados por ela.
A matéria produzida pelo Metrópoles é tendenciosa, na opinião da defesa de Naime, por sugerir que ele estava oferecendo um kit Covid para os associados da Associação dos Oficiais do PMDF (ASOF), quando ele estava disponibilizando a possibilidade de teleconsulta com um profissional da saúde que atuava na prevenção, evitando um impacto maior na saúde dos policiais.
“A verdade, mesmo diante de tentativas de distorção, sempre encontra seu caminho. O coronel Naime, conhecido por sua integridade e dedicação ao bem comum, tem sido alvo de ataques que aumentaram na medida em que sua inocência nos processos se tornou evidente. Essas acusações não passam de estratégias de terceiros que buscam, na figura de Naime, um bode expiatório, tentando ocultar dos olhos do STF os verdadeiros responsáveis pelos atos que abalaram a democracia. Contudo, Naime jamais ocultou a verdade. Sua postura ética e transparente, tanto na instrução processual quanto nos depoimentos, permitiu que a justiça compreendesse sua total inocência, redirecionando o foco para os verdadeiros culpados. Enquanto isso, a imprensa, favorecendo alguns em detrimento de outros, omite fatos relevantes. Um exemplo disso é um vídeo em que o Coronel Naime toma medidas concretas para garantir a vacinação prioritária contra a COVID-19 para todos os policiais do Distrito Federal, independentemente de cargo, posto e graduação, demonstrando o seu compromisso com a saúde e o bem-estar da tropa. Esse vídeo reflete a sua liderança responsável e desmente quaisquer acusações de estímulos indevidos. Apesar das tentativas de desviar a atenção com narrativas frágeis, fica evidente que o STF, guardião da justiça, não será enganado por estratégias tão pífias. As provas reafirmam: Naime segue como um exemplo de liderança íntegra e inabalável”, diz o advogado Bruno Jordano, que atende o coronel da reserva, em nota.
A PRISÃO DE NAIME
O coronel Naime foi preso em 7 de fevereiro de 2023 devido ao 8 de janeiro e se encontra na mesma situação de ação penal dos manifestantes. Naime foi chamado pelo governador Ibaneis Rocha de Barros Júnior na tarde de 8 de janeiro para resolver o conflito na Praça dos Três Poderes. Atendeu o chamado mesmo estando de férias do comando do Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal. Em seu lugar atuava o coronel Paulo José, mas a experiência de Naime foi necessária e ele chegou ao local por depois das 17h30 e prontamente evacuou a praça de forma técnica, sem nenhuma ocorrência fatal.
Mesmo cumprindo a sua obrigação, e sem se envolver em questões políticas durante o seu trabalho como funcionário público, Naime foi acusado dos mesmos crimes dos manifestantes e ficou preso no Presídio Papuda até maio de 2024. Hoje o coronel usa tornozeleira eletrônica e está angustiado com o seu processo, que está na fase das alegações finais. Ele será julgado por cinco crimes, os mesmos que levaram os patriotas a condenações de 14 a 17 anos de prisão.
A esposa Mariana Adorno conta que foi muito forte o impacto da prisão na família, incluindo dificuldades financeiras e bloqueio de bens. Lembra que Naime enfrentava problemas de saúde antes dos eventos de janeiro, incluindo diabetes e hipertensão, e estava de férias para tratar dessas condições.
“Naime foi chamado pelo gabinete do governador do DF para ajudar a controlar a situação na Esplanada, mesmo não estando envolvido no planejamento inicial. Naqueles dois dias, ele teve vários confrontos com o interventor federal Ricardo Cappelli, que insistia em ordens que Naime considerava inadequadas e perigosas, como uso de armamento letal. Ele fez o trabalho na Praça dos Três Poderes e no dia seguinte, 9 de janeiro de 2023, ele evacuou o QG dos manifestantes, quando enfrentou dificuldades devido à falta de planejamento adequado. Após os eventos, meu marido foi exonerado de sua função. Até então comandava o Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal”, relata.
Durante o período em que Naime esteve preso no Papuda, publicamos a sua história. Você pode ler aqui:
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