Ana Maria Cemin – Jornalista – 17/03/2024 – www.bureaucom.com.br
“Tem um youtuber fazendo chacota com todos os presos políticos que foram condenados”.
Li a mensagem na minha caixa de mensagem na segunda-feira, dia 11 de março. Quem mandou o comentário foi um familiar de Joanita de Almeida, uma psicopedagoga de 55 anos, que ficou internada na ala psiquiátrica por dois meses dentro do Presídio Colmeia, por ter ataques constantes de epilepsia, já que nas celas comuns era impossível dar um atendimento. A história está relatada no meu site com o nome “Vida destruída após dois meses na Ala Psiquiátrica do Colmeia”. Recomendo a leitura.
Joanita é uma presa política de 8 de janeiro, condenada a 16,5 anos de cárcere pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e é uma das vítimas desse senhor que brinca com as vidas humanas.
O nome dele é Victor Fernandes Pereira Panchorra e ele usou imagens de um depoimento de Joanita, de quando foi ouvida pela Justiça, numa de suas lives. Ele se diverte com a presa, como se ela fosse um objeto a ser explorado em troca de “trocos depositados” pela sua audiência. Quanto mais ele gargalha e humilha, mais “dinheirinho” ele ganha. É como se fosse uma nova arena onde os cristãos são jogados aos leões. Eu fiquei com essa sensação.
O caso de Joanita é só um dos exemplos. Logo relatarei mais. O fato é que essa senhora estava sendo dopada dentro do estabelecimento prisional, onde ficou por sete meses, para conter os ataques epiléticos. “Eu não estava bem no dia do depoimento e fiquei igual a uma idiota depondo. Esse Panchorra usou isso para se divertir com a minha vida”, diz ela.
Assim como Panchorra tem acesso aos dados alheios, como gravações do processo que nem mesmo sabemos como ele conseguiu, também é possível “investigar” quem é esse indivíduo.
Numa rápida procura pela internet, a própria Joanita mostra que ele se candidatou a um cargo público apoiando o PL, como se fosse um patriota, mas não se elegeu. Atualmente, optou por atacar patriotas. As fotos da campanha ao lado da Carla Zambelli seguem na rede para qualquer um acompanhar a trajetória do youtuber.
A advogada Ana Caroline Sibut Stern informa que um grupo de advogados que atuam nos casos do dia 8 de janeiro já está se mobilizando para solicitar a Ordem dos Advogados providências em decorrência dos fortes ataques direcionado ao trabalho dos defensores.
“Além disso, todos os manifestantes que foram alvo desse Youtuber devem procurar a Polícia Civil de sua cidade, levando o vídeo que deve ser apresentado à autoridade policial para providências. Importante ressaltar que a denúncia deve ser representada criminalmente. Não há necessidade do acompanhamento de advogado para registar a ocorrência, mas é importante relatar a situação ao defensor que faz a defesa no processo do dia 8/1”, ensina.
O influencer Panchorra ofende diariamente, em seu canal do Youtube, tanto patriotas quanto os seus advogados. Os patriotas são chamados de golpistas vagabundos e até mesmo de terroristas. “Sendo que o crime de terrorismo não foi imputado a eles”, afirma a Dra. Ana Caroline. Ao usar a expressão golpista sem o trânsito em julgado das sentenças, ele fere de morte a presunção de inocência. Além disso, ele estimula os seus seguidores a praticarem uma verdadeira esculhambação contra os patriotas e seus defensores.
VANESSA PENSOU EM SUICÍDIO AO VER A LIVE
Aos 44 anos, Vanessa Harumi Takasaki entrou em contato comigo para relatar como se sentiu ao receber o vídeo com suas imagens onde ela é usada por Panchorra para dar gargalhadas e falar ironias.
Ela viu neste sábado, dia 16 de março, o vídeo com o deboche e imediatamente sentiu um impulso de dar cabo de sua vida.
“Sou sansei e como todos os japoneses nós honramos muito a nossa ascendência. Lá no Japão, é comum a prática do harakiri, mas tenho uma razão mais forte para superar tudo isso que são os meus dois filhos, de 15 e 19 anos”, me conta, entristecida.
Faz poucos dias, foi em 8 de março, que Vanessa foi condenada a 14 anos de prisão pelo STF por ter estado na Praça dos Três Poderes e entrado no Planalto.
Nada quebrou, por não ser da sua índole a agressividade e participação em arruaças, mas ela foi tida como uma criminosa ainda no dia 8 de janeiro de 2023, quando foi levada para o presídio onde ficou sete meses no cárcere.
Moradora de Tupã, SP, ela contou com a ajuda da irmã para dar conta das demandas da casa durante o tempo da prisão e também foi ela quem cuidou dos seus filhos.
Dentro do presídio, vivendo uma profunda vergonha por estar presa, tentou duas vezes suicídio. Na última, as carcereiras entenderam que ela estava precisando de atendimento médico e passou a consultar. Depois disso se acalmou, até porque percebeu que duas outras descendentes de japoneses estavam presas pelo mesmo motivo: opinião.
“A minha depressão é antiga, mas ela tinha abrandado em 2022. Depois das eleições presidenciais, fui parar no QG da minha cidade por acaso, porque eu não era uma pessoa ligada na política. Porém, lá descobri muita gente correta, com valores conservadores como os meus. Sou batizada no budismo e mantenho as tradições da nossa família e acreditei ser importante lutarmos juntos por um Brasil melhor, de forma pacífica como sempre foi nos QGs. O que aconteceu na Praça dos Três Poderes foi algo desnorteante, nunca visto. E o simples fato de estar lá fez com que eu me tornasse uma criminosa condenada a 14 anos de prisão”, relata.
Com a recente condenação e o ataque do youtuber, Vanessa se deprimiu muito e não está trabalhando na elaboração de comidas japonesas, que é o seu ganha pão. Está em tratamento psiquiátrico, mas por mais que o médico troque as medicações ela não consegue sair da cama. Levanta apenas para fazer comida para os filhos.
“Eu sou uma pessoa muito envergonhada, tanto que parei de estudar e não completei nem o fundamental devido às brincadeiras de mau gosto que os colegas faziam comigo na escola por ser japonesa. Em muitos momentos, vem à minha mente os conceitos de desonra, porque fomos educados para sermos corretos e trabalhadores, cumprindo todos os nossos deveres. Ao aceitar a política na minha vida, depois de compreender que é a partir dela que podemos ter uma vida mais digna como cidadãos brasileiros, até pensei que poderia ter algum problema. Porém, jamais cogitei passar por isso que passo desde 8 de janeiro”, declara.
VIVIANE VIVEU O SEU PIOR MOMENTO AO VER A LIVE
Outra vítima de Panchorra, e de suas lives que utilizam gravações de depoimentos feitos à Justiça, é a Viviane de Jesus Câmara, condenada a 14 anos de prisão pelo STF. Ela também é uma presa política de 8 de janeiro, é mãe e pai de uma criança de 12 anos. Trabalha com tosa e banho de pets.
“De tudo o que passei no 8 de janeiro e estou passando ainda, assistir o vídeo desse cara falando de mim foi o que mais me abalou. Tirou o meu sono e vi o dia amanhecer. Me senti angustiada porque ele se atreveu a falar do meu filho. Disse que ele é vítima da própria mãe. Isso doeu feito uma facada no meu peito”, desabafa Viviane.
“O meu filho viu isso na internet e quando eu estava levando ele para o psiquiatra me perguntou o que eu faria se eu fosse presa novamente. Devolvi com a pergunta do que ele gostaria que eu fizesse. Imaginei que ele talvez respondesse que era para fugir ao invés de ser presa por 14 anos. Mas não foi isso (nesse momento ela chora revelando uma dor profunda) que ele me disse. Ele falou: Mãe não me leva a mal, mas eu vou falar para você voltar ao Presidio Colmeia, de Brasília. Eu tenho medo de você cair no meio das bandidas perigosas aqui do Rio de Janeiro, que talvez matem você ou façam alguma maldade”, relata, chorando muito.
“Doeu muito ouvir isso do meu filho, mas ele foi além, dizendo: Mãe, quando você foi presa em Brasília, eu fui lá para cima para o terraço do triplex e ia me jogar lá de cima. Coloquei as minhas mãos no peitoril e senti uma mão empurrando o meu peito de volta. Quando ouvi meu filho falar isso eu fiquei arrasada e ao mesmo tempo lembrei de dizer para ele que foi o Espírito Santo que o salvou. Dentro do Presídio Colmeia nós tínhamos uma igreja orando por todos os nossos familiares que estavam aqui fora. Eu orava muito pela vida dele lá dentro. A pastora Sandra e todas as demais presas políticas se envolviam de alma nos cultos diários”, narra.
“Agora temos que ver esse sujeito perverso, maldoso, ironizando as nossas vidas! Isso dói, porque ele não conhece a minha vida, a minha história, nada sabe sobre mim. Fui condenada, mas não há provas contra mim, todo mundo sabe disso. O meu choro durou uma noite e a alegria voltou pela manhã. Deus me restaurou e acalmou a minha alma abatida. Agora estou em paz”, me conta.
Depois de ser presa em Brasília, Viviane perdeu o seu carro e era com ele que pegava os cães para tosar. Passou a contar com ajuda de amigos e familiares para completar a sua renda. Como Vanessa, Viviane nunca foi muito ligada em política, mas isso mudou em 2018 quando o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se candidatou à presidência. Ela começou a buscar mais informações sobre ele e as suas pautas, e compreendeu que ainda existem homens honestos nesse País. “Sem dúvida, percebi que estava fazendo a escolha certa. É um homem íntegro que não se dobrou o sistema. Ele venceu com mais de 58% dos votos e foram anos de mandato em que o brasileiro se sentiu seguro”, diz ela.
Deus , faça justiça, em nome de Jesus
Não entendo como um advogado de porta de cadeia chegou ao stf ., É estranho que ninguém investiga como a pessoa subiu em tão pouco tempo, sendo que muitas pessoas levaria anos, más temos que esperar que alguém de Bom censo seja nomeado pra que a Justiça volte ao nosso País., não isso que está aí .
Grande parte dos brasileiros não tem noção da situação dos nossos presos políticos e pelo que passam aqueles que já estão em ‘liberdade’.
Suas famílias também foram atingidas e isso não é por acaso. O espinho que se crava na mente de todos eles faz parte de uma estratégia insana, de uma magnitude impressionante pois mina toda a força que essas pessoas tinham em lutar por um ideal: o seu País e a sua Família.
O que mais dizer sobre todos eles, a não ser que fizeram recair sobre os nossos Patriotas uma sentença imprópria, inadequada e completamente vingativa por parte de um grupo de julgadores que se acreditam os senhores da nossa Liberdade.
Deus os ajude a superar esses traumas que lhes foram sumariamente impostos e que Nossa Senhora os proteja de todo o mal_ mal esse que terá, um dia, término.
O vigarista Panchorra já foi condenado em 3 ações penais e ficou preso, inclusive: Ação Penal n.º 0011999-88.2015.8.26.0562, 1001008-40.2020.8.26.0601 e
1001655-69.2019.8.26.0601, todas do TJSP. Em breve será preso de novo, pois está sistematicamente cometendo crime do estatuto do idoso Art. 105 ao exibir patriotas com mais de 60 anos.