ATÉ QUANDO A MINHA FAMÍLIA SOFRERÁ?

Ana Maria Cemin – 17/10/2024

Tudo é um grande horror. É tudo muito triste. Não existem palavras para descrever o que nós, os presos do 8 de janeiro, estamos passando. Realmente todos, todos, uns mais outros menos, mas todos estamos morrendo um pouco por dentro. Cada um com sua história.

Depois de tudo isso, no dia 10 de janeiro, nós dois fomos levados aos presídios de Brasília. Fiquei exatos 34 dias sem saber absolutamente nada do que acontecia fora da cela, sem nenhuma informação sobre meu marido e meus filhos. Foram 34 dias em que quase enlouqueci. Comi comida podre porque não tinha outra saída. Até mesmo as frutas, como a goiaba vinha podre e, melão, azedo. Sai de lá 50 dias depois, com tornozeleira e com uma roupa emprestada e chinelos de dedo. Minha filha foi me buscar em Brasília e, pela primeira vez, viajei de avião, naquela situação. Meu marido ficou 53 dias preso no Papuda, emagreceu 12 kg”, conclui.

Você pode ler a história em detalhes do casal no link:

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