CONDENADO, PANCHORRA CAI EM CONTRADIÇÃO

Recebi um dossiê recheado de informações sobre um indivíduo que usa os processos dos presos políticos brasileiros para fazer chacota.

Seguidamente ele utiliza informações do meu site e essa pessoa foi uma seguidora dele, portanto tem muito conhecimento sobre o tal Pachorra que, vejam só, tem uma série de processos e cumpriu pena em regime fechado.

Depois de analisar todos os documentos e receber este texto, considerei importante compartilhar com todos vocês. Segue na íntegra.

“Desde 22/03/2024 quando abriu a vakinha para pagar advogados alegando sofrer assédio judicial dos “Bolsonaristas do 08/01”, o relações públicas e youtuber Victor Panchorra, conhecido por debochar dos presos políticos em suas lives, pede diariamente ajuda financeira aos seguidores do seu canal.

Ao que tudo indica, a sua Vakinha foi para o brejo, já que conseguiu arrecadar apenas 32% da meta ao longo de 4 meses. Ainda assim continua pedindo PIX e assinaturas. [Fonte: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/assedio-judicial-de-bolsonaristas-contra-victor-panchorra?utm_internal_source=home_timeline]

Se os seus seguidores soubessem que ele acumula dívidas judiciais não por processos ajuizados pelos manifestantes e advogados do 08/01, mas sim por outras desavenças políticas?

Pois é justamente o caso do Processo nº 010548-11.2015.8.26.0562 movido pelo vice-prefeito de Santos, Eustázio Alves Pereira Filho, em que Victor foi condenado em 16/03/2017 ao pagamento de danos morais por crimes contra a honra.

Na transmissão ao vivo em 05/07/2024 nos seus canais no YouTube e Facebook, a partir do minuto 10:30 relata com angústia: “eu não sei o que tá acontecendo, houve agora um desarquivamento absurdo de um processo onde eu fui agredido e o promotor tenta inverter o negócio, eu fui agredido por questão política há uns 4 anos, só que eu não posso falar muito desse processo aqui porque ele tá em segredo de Justiça, mas logo que tirar o segredo de Justiça eu vou trazer tudo para vocês” [Transcrição in verbis].

Tudo leva a crer que ele se refere ao cumprimento de sentença em favor de Eustázio, sob o nº 0022143-19.2018.8.26.0562, que tramita abertamente assim como o processo principal.

Além de alegar um hipotético ‘segredo de justiça’, também acusa um suposto promotor público de inverter os fatos, o que seria impossível neste caso, já que o envolvimento do Ministério Público se dá exclusivamente na esfera criminal, não sendo de sua competência atuar em ações civis, como a de indenização por danos morais.

A dívida de Victor nesta ação é de R$ 38.695,23 (valor atualizado em 20/05/2024), tendo sofrido em maio deste ano um bloqueio temporário de R$ 24.314,38 na sua conta poupança junto ao Itaú Unibanco, e a penhora de R$ 779,87 na sua conta do Mercado Pago, estando, portanto, longe de quitar o débito.

Nota-se também que deu baixa no CNPJ 19.211.707/0001-75 em 11/03/2024 e abriu a mesma empresa sob o CNPJ 54.925.940/0001-10 em 29/04/2024, a qual utiliza atualmente para receber as doações de PIX do canal.

A súbita mudança de CNPJ sugere uma manobra para protelar a satisfação do crédito, já que as doações de PIX estão indo para uma conta PJ recente que ainda não foi indicada pelo exequente nos autos.

A renomada firma TPC Advogados alerta que aquele que comete fraude à execução pode responder por crime de fraude, presente no artigo 179 do Código Penal. Além disso, pode ser condenado ao pagamento de multa de até 20% do valor cobrado na ação, que deve ser paga ao credor. Pode ser considerado também ato atentatório à dignidade da Justiça, podendo ser cobrada uma multa de até 20% do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta, além de caracterizar litigância de má-fé, prevista nos artigos 80 e 81 do CPC, em que é cobrada multa entre 1% e 10% do valor corrigido da causa. [Fonte: https://tpclaw.com.br/civel/o-que-acontece-caso-ocorra-ocultacao-de-bens-pelo-devedor-no-processo-de-execucao/ ]

O youtuber que se autointitula legalista e constitucionalista, que diz acreditar no judiciário brasileiro, razões que deveriam ser suficientes para que pagasse voluntariamente a dívida sem precisar ser perseguido pela “teimosinha” do Sisbajud.

Além disso, Victor acusa os exilados políticos de terem “fugido” da execução penal, sendo que ele próprio está em fuga desde 2018 quando começou o cumprimento da sentença, esquivando-se de uma cobrança de dívidas que está sendo feita na justiça. Com um telhado de vidro e uma vaka atolada, resta-lhe apenas fugir da justiça que ele tanto enaltece.”