8 DE JANEIRO: REPÓRTER PRESO PODE VIR A ÓBITO

Ana Maria Cemin – Jornalista

05/01/2024 – (54) 99133 7567

O Jornalista William Ferreira, de Porto Velho, RO, encontra-se preso desde 3 de fevereiro quando foi recolhido ao Centro de Correção da Polícia Militar – Unidade Prisional Especial, numa das operações Lesa Pátria da Polícia Federal, solicitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem denúncia e sem relatório final de investigação, esse homem de 59 anos agora está com mais um dilema dentro do cárcere: ao fazer um exame de ressonância prostática, o resultado apontou nível 5 de alteração, ou seja, a mais alta numa escala de 1 a 5.

O laudo indica que seja feita biópsia urgente, porém ele está preso sem uma razão justa, porque a presença dele na Praça dos Três Poderes tinha a função de jornalismo, e até mesmo o seu salário foi bloqueado por determinação de Alexandre de Moraes. Ferreira é pai de quatro filhos e sua filha mais nova, a Maitê, tem somente 3 anos.

“A situação do William é grave, porque tem outros casos de câncer na família. O irmão dele, José Roberto Soares da Silva, faleceu em 29 de outubro de 2023 de câncer (veja imagem da certidão de óbito). Isso faz com que o resultado do exame de ressonância de William, feito no final do ano seja alarmante. Ele pode via a óbito por falta de tratamento médico, coisa que no local onde está preso não poderá fazer. É muito alta a chance de ele ter uma neoplasia prostática”, alerta o advogado Hélio Júnior.

“Se ele continuar preso é como assinar uma sentença de morte, para uma pessoa que nem mesmo tem denúncia. São 11 meses de prisão sem justificativa”, diz o advogado de defesa.

JORNALISTA ESTAVA EM BRASÍLIA A PASSEIO

O jornalista estava em Brasília a passeio no mês de janeiro e no dia 8 de janeiro foi ao Clube do Exército com a família. De lá foi até a Praça dos Três Poderes fazer a cobertura jornalística, por entender que algo muito forte estava acontecendo naquele momento.

Willian entrou para a reserva da Polícia Militar em 2012, porém nunca parou de trabalhar, assumindo a função de repórter em empresas e, nos últimos anos, de forma independente, nas mídias sociais. Ele usava o Facebook para divulgar, onde ele tinha 130 mil seguidores, como também Instagram e Youtube.