PRESO POLÍTICO PODE PERDER O PÉ NO PRESÍDIO

Márcio tem dois filhos que dependem dele, mas atualmente ficam na casa da avó paterna. Desde que foi para a manifestação em Brasília sua vida virou do avesso: foi exonerado da prefeitura de Porto Velho, onde tinha cargo concursado, e está desempregado.

Sobre o uso de redes sociais, a advogada Jeanne Franco explicou ao ministro Moraes a alteração emocional do seu cliente, com quadros de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, quadros decorrentes da prisão e do desemprego, além da dificuldade de locomoção devido ao acidente que fraturou o tornozelo. 

“O quadro de saúde do acusado oscila, motivo que levou a cometer o erro de descumprimento da medida cautelar referente ao uso de redes sociais”, explicou na petição ao ministro do STF, destacando ainda que a publicação nas mídias sociais citada no processo teve uma única curtida e 17 visualizações, o que não representa nenhuma ameaça à segurança pública, justificativa utilizada para manter o seu cliente preso em presídio, junto com criminosos julgados e condenados.

Além de pedir a reconsideração da prisão preventiva, a advogada também pede para trocar o preso de cela, por ele estar em frequente ameaça, entre presos perigosos. “Fiz esse pedido e responderam que não podem fazer a troca de cela, porque o local mais adequado chama-se cela livre, ocupada por pessoas aptas a trabalhar, condição que a administração do presídio entende que Márcio não tem por ter o problema no pé”, conclui.

3 comentários sobre “PRESO POLÍTICO PODE PERDER O PÉ NO PRESÍDIO

  1. Perola Tuon

    O pessoal do 4921 tem a opção de assinar o ANPP, sair da cadeia e tocar a vida com ficha limpa. Dramática mesmo é a situação do pessoal do 4922 que não tem essa alternativa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *