Ana Maria Cemin – Jornalista
19/02/2024 – (54) 99133 7567
Na sexta-feira, dia 16 de fevereiro, a presa política Adilma Maria Cardoso, 51 anos, moradora de Recife, PE, deu fim a um grave problema de dores de cabeça e gengiva.
Para isso, foi necessária a extração de um tumor da face, que ela me conta ter sido originado por um inseto chamado potó, muito comum de ser encontrado dentro do corró do Presídio Colmeia, espaço no qual ficavam antes de serem levadas até a sala para conversas com os seus advogados.
Adilma foi picada diversas vezes nos 62 dias que ficou no Colmeia e, ainda dentro do presídio, passou a usar a pomada Dexametasona 0,1% para ser aplicado duas vezes ao dia, conforme receita de 17 de fevereiro de 2023.
“Eu sou alérgica à picada de insetos e o potó era muito comum lá dentro. Nas outras partes do corpo eu conseguia tirar ferrão, mas no rosto não foi possível por não ter espelho dentro do presídio”, conta.
Ela me diz que a picada no rosto parecia como uma espinha, mas com o passar do tempo foi obrigada a procurar ajuda especializada, por não suportar as dores de cabeça e de gengiva. Nada resolvia e, então, tentou a ajuda em três diferentes clínicas estéticas para eliminar “a espinha”. Todas elas negaram, afirmando que o caso era para um médico dermatologista. Foi ao dermatologista e o diagnóstico da dermatologista foi a existência de um tumor que precisava ser extirpado.
“Não esperei pelo SUS e paguei tudo particular, pois não poderia mais conviver com a situação”, comenta. O caroço enorme foi extraído e foram dados 25 pontos no rosto de Adilma. No dia 27 de fevereiro sairá o resultado da biópsia.
Adilma é formada em Administração de Empresas e trabalhou na área durante um certo período. Após fazer Magistério, resolveu fazer Pedagogia, História e tem pós em Psicopedagoga Clínica e Institucional, além de Pós em Libras. Atualmente, trabalho no Procon de Pernambuco. Ela atuou como professora por 18 anos, até ser presa em 9 de janeiro.
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