
Ana Maria Cemin – 28/04/2025
O preso político João Batista de Castro, 68 anos, definha dentro do Centro de Internamento e Reeducação (CIR) do Complexo Penitenciário Papuda, em Brasília, enquanto assiste os demais patriotas que estão no mesmo local receberem prisão domiciliar. A Associação dos Familiares dos Presos Políticos do 8 de Janeiro, por meio da Dra. Carolina Siebra, veio a público hoje, 28/04, denunciar o estado de saúde deplorável desse senhor. “Ele tem uma doença degenerativa que descola os ossos dos músculos, causando enorme dor e fraqueza”, diz a advogada, num clamor pela domiciliar.
Ele já teve como colegas de cela Miguel Cândido da Silva e Jorginho Cardoso de Azevedo, dois idosos também condenados pelo 8 de janeiro e que foram para casa, receber os cuidados de saúde. A prisão domiciliar é similar a do presídio em termos de restrições à liberdade, porque o preso político não pode receber visita ou sair de casa a não ser com autorização do Gabinete do Alexandre de Moraes. No entanto, a pessoa passa a viver num ambiente favorável à sua recuperação e é atendida por familiares em primeiro grau.
O João Batista foi condenado a 14 anos de prisão por estar na manifestação em 8 de janeiro e cumpre pena desde janeiro deste ano, embora já estivesse no cárcere antes disso, em prisão preventiva.
Anoréxico, João Batista perdeu mais de 30kg e já não come. É portador de múltiplas enfermidades que demandam tratamento contínuo e especializado. Mesmo assim, o pedido de prisão domiciliar protocolado pela sua defesa ainda em 11/3/2025 foi negado pela Procuradoria-Geral da República.
Outro idoso que ainda está no CIR é Jamildo Bomfim de Jesus. Esperamos que as defesas desses dois idosos intensifiquem o trabalho de pedido de domiciliar, pedindo isonomia em relação a outros casos, como o do Pastor Shalom, que também saiu do Papuda e está de volta ao lar, em prisão domiciliar.
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