Ana Maria Cemin – Jornalista – 08/07/2024
Márcio José de Moura, 49 anos, tomou uma decisão: mesmo que não seja justo fazer o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o Ministério Público, a sua esposa e filha farão para que todos possam voltar a viver sem as ameaças do Estado. Hoje completa uma semana que a sua esposa Elisângela Maria de Jesus Moura, 50 anos, foi presa por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Como fazia nas segundas-feiras, Elisângela foi assinar a presença no Fórum de Barra do Garça, MT, em 1º de julho. Era a sua rotina desde que saiu do Presídio Colmeia, Brasília, em 9 de março do ano passado. Para a sua surpresa, lá mesmo foi dada a voz de prisão e feito o recolhimento da patriota para a Cadeia Pública de Nova Xavantina, que fica a 150 km da cidade onde a família mora.
Nenhuma informação foi dada anteriormente que justificasse essa prisão, sendo absolutamente inesperada. Somente depois de consumado o fato é que a advogada soube do registro de 91 infrações de monitoramento da tornozeleira. Desde então, reuniu documentação para comprovar que a sua cliente nunca teve a intenção de descumprir as cautelares, nem tinha conhecimento de qualquer problema com o equipamento.
“A advogada pediu o rastreio da tornozeleira na central de monitoramento, mas eles não liberaram. Só quem libera é o Alexandre de Moraes, então foi necessário fazer uma petição para o ministro do STF. Só quando ele liberar, a sua defensora poderá conferir essas acusações que a levaram presa na semana passada. Enquanto isso, ela fica na cadeia e a nossa casa fica vazia sem ela. As nossas netas mais novas estão doentes por conta de tudo isso”, desabafa.
Serralheiro autônomo, Márcio diz que nem consegue trabalhar direito, porque a filha Thatielly Jesus de Moura, 32 anos, também esteve em Brasília e foi presa no acampamento junto com a mãe. “Minha filha tem três crianças pequenas e foi assinar no Fórum hoje (segunda-feira, 8 de julho) e a gente fica aflito. Ela mora aqui do lado da minha casa e eu nem fui ao serviço porque se ela for presa eu vou ter que dar conta das crianças”, relata. “Depois que a minha esposa foi presa na semana passada, mesmo fazendo tudo de acordo com as exigências do Supremo Tribunal Federal para permanecer em liberdade provisória até ser julgada, tudo é possível”, continua.
“Se as duas não assinarem o ANPP, não vamos conseguir viver em paz. Eles precisam achar um culpado e colocam todo esse peso nos patriotas. Está muito humilhante para nossa família, que sempre foi correta e respeitadora das leis. Todos os nossos planos ficaram comprometidos com essas prisões em Brasília e até hoje não conseguimos mais viver sem o temor de que algo muito ruim acontecerá. Estamos pagando por algo que não fizemos e isso nos mata aos poucos”, conclui.
Márcio e Elisângela são casados há 25 anos e tem três filhas na faixa dos 29 a 33 anos, e cinco netos entre 4 e 15 anos. A esposa também é autônoma e produz salgados para venda.
Graças a incompetência canalhas dos senadores, isso acontece no Brasil
Um bando de bananas , frouxos , covardes morrem de medo de confrontar o ditador do stf
Canalhas diradores hão de pagar caro por essa arbitragem
Minha cunhada e uma mulher de família respeitosa boa mãe boa esposa nunca fiz nada de errado minha sobrinha também e uma boa mulher esposa mulheres de Deus não merecem isso toda família tá sofrendo com isso