O CHUMBO E A CANETA
Leia esse depoimento e, ao final, você pode ler a história de amor, trabalho e cuidado familiar desse preso político. Você entenderá um pouco mais sobre esse momento do Brasil.
Depoimento de Aldi Cesar Mertz, sindicalista bancário, em Maringá, PR
“Hoje, 18/11/25, é o sétimo dia do falecimento de Vita Teodoro de Moraes (1933–2025), 93 anos. Grande mulher, grande mãe de doze filhos — sendo sete mulheres e cinco homens — avó, bisavó e trisavó. Órfãos de pai, o filho bancário Tony de Maringá assumiu a liderança da família, cuidando da mãe e auxiliando na formação educacional dos irmãos, netos, bisnetos e trisnetos, sem registro de qualquer delinquência na família.
Hoje, o bancário Tony de Maringá cumpre pena de 14 anos de prisão em penitenciária local, por presença em Brasília em 08/01, armado apenas das prerrogativas constitucionais que lhe garantem ampla liberdade de manifestações pacíficas e ampla liberdade de expressão.

O bancário Tony de Maringá não participou de vandalismo e não quebrou um copo sequer.
Com escolta policial, o bancário Tony de Maringá foi liberado por poucos minutos para o velório de sua mãe. A sala fúnebre foi evacuada e as cortinas fechadas. Os policiais supertreinados e preparados para a vigilância de bandidos de alta periculosidade, naquele momento cumprindo ordens, viveram momentos inusitados pela vigilância a um senhorzinho de 71 anos que nunca fez mal a uma mosca.
Os propalados anos de chumbo, com perseguições políticas e prisões a quem se opunha ao governo, curiosamente se repetem hoje com um instrumento inofensivo chamado caneta — mas que produz os mesmos efeitos colaterais, com perseguições políticas e prisões a quem se opõe ao establishment. Outro efeito colateral similar é que o chumbo mata — e, neste caso específico, a caneta também mata.
Repito a frase do grande humorista Millôr Fernandes: “Democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em mim.” Esta máxima evidencia ainda que o Estado Democrático de Direito, propalado na Constituição de 1988, é uma falácia. O real é que manda quem está no poder e obedece quem tem juízo.
Hoje dividimos o LUTO com o bancário Tony de Maringá pelo sétimo dia de falecimento de sua mãe. Porém, em outro contexto, LUTO na condição de um leigo peãozinho de chão de fábrica, reconhecidamente de forma desproporcional, armado apenas de uma caneta para rabiscar estas mal traçadas linhas — em contraposição às mal traçadas linhas da poderosa caneta democrática do juiz Alexandre de Moraes, alcunhado internacionalmente como violador de direitos humanos — que, sem nenhum respeito ao devido processo legal, acompanhado por seus sequazes, condenou de forma arbitrária, ilegal e injusta, e atirou na masmorra milhares de Tonys do Brasil.
Neste contexto, LUTO pelo inocente bancário Tony de Maringá e LUTO pelos milhares de inocentes Tonys do Brasil.
ANISTIA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA JÁ.“
Leia a gora a carta de Tony, exclusiva aqui no site:
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