
O SILÊNCIO DE UM HOMEM QUE JÁ FALOU POR MILHÕES
Ana Maria Cemin
Hoje, 18 de agosto de 2025, completa-se um mês desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica, e atualmente se encontra confinado em sua residência no Jardim Botânico, em Brasília. Um homem que já percorreu o Brasil inteiro, agora caminha apenas pelos cômodos de sua casa — em silêncio, sob vigilância, e à espera de um julgamento marcado para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
Bolsonaro não é apenas um nome na história política recente. Para milhões de brasileiros, ele representou a esperança de um país mais seguro, mais transparente e mais livre. Um capitão reformado que, sem grandes recursos, chegou à Presidência da República com a força de sua convicção e da fé de seus eleitores. Durante seu mandato, enfrentou crises sanitárias, econômicas e institucionais, sempre com o olhar voltado para o povo — mesmo quando isso lhe custava o apoio da elite política e midiática.
Hoje, ele é acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado. Mas o golpe não aconteceu. Não houve tanques nas ruas, não houve ruptura institucional. Houve, sim, manifestações, discursos inflamados e uma nação dividida — como tantas vezes na história democrática. A acusação, para muitos, soa como uma tentativa de apagar sua trajetória por meio de um processo que se desenha como condenatório antes mesmo de começar.
A tornozeleira que ele usa não é apenas um instrumento de controle judicial. É o símbolo de um país que pune com rigor quem ousa desafiar o sistema. E, para seus apoiadores, é também o retrato da injustiça — de um homem que, aos 70 anos, enfrenta problemas de saúde, como esofagite, gastrite e infecções pulmonares, enquanto aguarda o veredito que pode selar seu destino político.
Mas Bolsonaro não está sozinho e milhões veem nele um líder, um patriota, um homem que cumpriu sua missão com honestidade e coragem. E mesmo que a sentença venha, sua história não será apagada. Porque há algo que nenhum tribunal pode julgar: o sentimento de milhões que, um dia, ouviram a sua voz pela voz de Bolsonaro.
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