Ana Maria Cemin – 18/09/2024
Por um erro do Supremo Tribunal Federal, Kelson de Souza Lima, 30 anos, está na Unidade Prisional de Itaitinga, CE, desde 24 de junho.
O problema foi gerado quando o ministro Alexandre de Moraes determinou que todas as centrais de monitoramento do Brasil enviassem ao STF, no prazo de 24 horas, informações sobre todos os monitorados do Inq. 4921, o que incluía o Kelson.
Porém, ao invés de enviar o pedido de informação sobre ele para a Comarca de Massapê, CE, onde Kelson se apresentava regulamente desde 19 de setembro do ano passado, o STF solicitou informações sobre o investigado à Comarca de Jundiaí, SP, que prontamente informou o não comparecimento de Kelson.
Diante dessa confusão que acarretou até agora três meses de cárcere injusto, a Dra. Taniéli Telles de Camargo Padoan entrou com pedido de revogação de prisão nesta terça-feira, 17 de setembro.
“Kelson tem cumprido todas as imposições estabelecidas pelo STF desde a revogação de sua prisão de março de 2023. Essa nova prisão é um erro que precisa ser reparado”, afirma a defensora.
MORADOR DE RUA
A advogada de Kelson conta como um morador de rua se tornou um preso político do século XXI, no Brasil.
“Desde meados de 2022, Kelson vivia em situação de rua em Brasília. Com o surgimento do movimento em frente ao quartel, após as eleições presidenciais, ele foi acolhido pelos patriotas no QG, inclusive lhe deram uma barraca.
Em 9 de janeiro, com o fim do QG determinado pelo Governo Federal e o recolhimento dos patriotas para os presídios, Kelson foi junto. Do Presídio Papuda, Kelson saiu com tornozeleira em 13/3/2023, para permanecer em liberdade provisória até ser julgado, fato que não ocorreu até hoje, passados mais de 20 meses do ocorrido.
Ao sair do presídio, por não ter para onde ir, foi para Jundiaí, SP, na casa de sua irmã onde permaneceu por um tempo. O fato é que além da situação de rua, Kelson também apresenta transtornos psicológicos, tanto que num dos surtos ele cortou a tornozeleira e foi internado um hospital psiquiátrico. Porém, depois da alta médica, a tornozeleira eletrônica foi recolocada.
Em agosto do ano passado, diante dos surtos de Kelson, a irmã colocou o rapaz para fora de casa, que voltou a morar na rua, dessa vez em Jundiai. Uma tia residente em Massapê, CE, comovida com a situação, garantiu que se ele fosse para a sua cidade conseguiria lhe ajudar com moradia.
De fato, ele conseguiu ajuda de aluguel social e encontrava-se cumprindo as suas cautelares religiosamente até ser recolhido ao presídio novamente, a partir de uma decisão equivocada da Suprema Corte”, relata Dra. Taniéli.
Meu Deus é tanta injustiça ! São erros de um juiz arbitrário, insensível, isso já é psicopatia! O Beasil está assistindo um regime ditador comandar o país, fazendo suas próprias leis, ditando regras! Isso é inaceitável! Quando isso vai parar? Quem conseguirá parar esse ditador da toga ?