
Dr. Hélio Júnior -2/07/2025
O jornalista e apresentador da RedeTV, Willian Ferreira da Silva, de 61 anos, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal à pena de 14 anos em regime fechado, conforme voto do ministro Alexandre de Moraes, que já conta com maioria formada na Corte.
A sentença imposta pelo relator — sem qualquer consideração pela frágil condição de saúde do réu, atualmente em tratamento contra um câncer — representa, na prática, uma condenação à morte dentro do sistema prisional.
Willian, que sempre atuou pacificamente no exercício da comunicação, sem jamais ter se envolvido com qualquer ato de violência, foi condenado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano ao patrimônio público e associação criminosa armada. Além disso, foi fixada a absurda quantia de R$ 30 milhões em danos morais coletivos, a ser paga solidariamente com os demais condenados.
O que se impõe a Willian não é justiça — é crueldade institucionalizada.
Laudos médicos recentes, emitidos pelo Hospital de Amor Amazônia, atestam que o jornalista encontra-se em tratamento oncológico ativo, realizando quimioterapia, com exames e procedimentos médicos agendados até o final de agosto. Encarcerar um homem idoso, doente e debilitado em um sistema penitenciário sem estrutura médica adequada é assumir, com plena consciência, o risco real de sua morte.
A defesa considera a pena exagerada, desproporcional e desumana, e adverte: o cumprimento imediato dessa condenação não será apenas uma sanção legal — será uma sentença de morte silenciosa, assinada pelo Estado brasileiro.
Estamos adotando todas as medidas judiciais cabíveis, inclusive junto às Cortes Internacionais de Direitos Humanos, para impedir que o Brasil cometa mais uma tragédia institucional irreversível.
Que a Justiça não seja surda à realidade. Que a humanidade prevaleça sobre o autoritarismo.
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