Ana Maria Cemin – Jornalista – 28/06/2024
Deiviston da Silva Ribeiro, 37 anos, é do tipo de preso político medroso, que cumpriu todas as medidas cautelares. Até mesmo nas segundas-feiras, quando era obrigado ir até o Fórum assinar presença, ele procurava ir em horário em que outros presos políticos não iam para não ter problema. Mesmo assim, tendo todos os cuidados, foi recolhido para o Centro de Detenção Provisória de Viana II, no município de Viana, ES.
Ontem, 27 de junho, o patriota estava no trabalho quando a Polícia Federal o prendeu. Era por volta das 15 horas. “Essa prisão não faz sentido, porque as tornozeleiras eletrônicas aqui do Espírito Santo apresentam defeitos e isso está bem caracterizado. São muitas reclamações. Em várias ocasiões o meu cliente ligou para o setor de monitoramento para informar as falhas no equipamento, porque ele sempre temeu ser recolhido ao presídio por descumprimento das cautelares”, diz o advogado de defesa, Dr. Roberto Algolo.
“É muito complicado exercer a profissão de advogado nessas circunstâncias. Essa prisão ocorreu sem que nós tivemos acesso à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje temos que advogar sem informação. Além disso, consta no sistema do STF que o meu cliente não tem representação de advogado, mesmo assim o processo dele teve andamento, sem o envolvimento de Defensoria Pública. Mas a realidade é que ele tem advogado, sim! Em 8 de janeiro, eles quiseram fazer algo grande (prisões em grande volume) e não estão dando conta de organizar. Está uma bagunça”, reclama o advogado.
Mesmo com Deiviston preso no CDPV II, Dr. Roberto Argolo está confiante de que voltará para casa, a partir da comprovação dos erros cometidos pela Secretaria de Justiça do ES.
“Liguei para a assessoria do ministro Alexandre de Moraes e vamos comprovar todos os problemas da tornozeleira que meu cliente usa. O Deiviston trabalha há anos numa empresa, onde é vendedor. A chefe dele e os colegas ficaram abalados com a prisão do colega, por ser um rapaz trabalhador e honrado. É pai de um adolescente e nunca deixou de cumprir com os seus compromissos”, informa o advogado.
O preso político chegou do Espírito Santo ao QG de Brasília muito depois dos fatos ocorridos na Praça dos Três Poderes, por volta das 18h45 do dia 8 de janeiro. Mesmo assim ele foi preso no dia seguinte, levado ao presídio Papuda e desde que voltou ao Espírito Santo é obrigado a utilizar uma tornozeleira de criminoso, enquanto aguarda o julgamento do STF. Ele responde pela acusação de dois crimes e a sua ação penal é oriunda do Inquérito 4921.
E ainda dizem qua vivemos em uma democracia.
Tem que assinar o ANPP e sair da prisão. Já devia ter feito isso no ano passado para continuar a ter uma vida digna e longe de risco de novas injustiças.
Vida digna assumindo um crime que não cometeu? Assume logo que você é esquerdista!
Estas arbitrariedades cometidas pelo judiciário ou mais exatamente de forma monocrática por alguns Ministros do STF , devem acabar em breve
Que escalabroso esse escândalo de Horror do STF na pessoa de A.M e o próprio Supremo. Não temos Direitos mais!
Conheci este rapaz, na rodoviária. Muito correto ele.