Ana Maria Cemin – Jornalista
20/01/2024 – (54) 991337567
Em frente ao Supremo Tribunal Federal, dez integrantes da família do pastor Jorge Luiz dos Santos, 58 anos, fizeram um apelo para a sua soltura, lendo uma carta. Ele, que permanece preso no Papuda desde 8 de janeiro, recebe o carinho dos familiares que estão em Brasília desde quarta-feira, dia 17 de janeiro, mesmo que não possam visitá-lo no cárcere.
A carta foi lida pelo filho, em frente ao STF, no dia 18 de janeiro de 2024:
“O pastor Jorge é filho, esposo, pai, avô e bisavô, além de ser um servo de Deus que exerce a função de pastor nos lugares onde as pessoas mais precisam, lugares distantes e pouco visitados. O pastor Jorge é um homem simples que vende caldo de cana em frente a um clube recreativo da cidade do interior de Minas Gerais chamada Conselheiro Lafayette, para sustentar a família e ter mais liberdade para exercer a sua missão de pastor.
Com certa dificuldade, junto com sua esposa Creusa, que é faxineira, criou cinco filhos, sendo quatro mulheres e um homem. Todos íntegros honestos e trabalhadores. Diria, nos dizeres populares, que um fruto nunca cai distante do pé.
No dia 8/01/2023, Jorge, como é conhecido por nós, veio a Brasília para se manifestar pacificamente a favor de sua liberdade religiosa e de sua liberdade de expressão. Ele veio com outros quatro amigos e, ao chegar na Esplanada, começaram a jogar bombas sobre eles e os demais manifestantes, de helicópteros, o que fez com que várias pessoas buscassem abrigos cobertos. Foi onde ele foi detido, no Palácio do Planalto. Foi detido e tratado com violência, de forma que quebrou a rótula do pulso ao ser derrubado por um policial.
Jorge não viu o bisneto nascer. Faz mais de um ano que ninguém da nossa família o vê, por ele não aceitar que nós tenhamos a imagem dele dentro de um cárcere, por um crime que ele não cometeu.
Em setembro, a esperança de sua soltura se renovou. A Procuradoria Geral da República deu parecer favorável para a soltura. Mas, para nossa surpresa, em dezembro foi negada a soltura dele com base em antecedente criminal que não é dele. Descobrimos que existe uma pessoa com o nome igual ao dele e que essa pessoa responde a vários processos criminais.”
A carta é assinada pela matriarca da família e esposa do pastor Creusa Maria Lisboa Maia Santos; filhos Wanderson Luiz, Romália Aparecida, Rosimália Aparecida, Renata, Raiany; nora Patrícia Ribeiro de Araújo; entre outros.
Lamentável esse governo, vergonhoso e.sem honra ao q é ético.