
Ana Maria Cemin – 03/03/2025
Se ela me procurou é porque a situação é muito crítica, então desejo que as pessoas da Minas Gerais se sensibilizem e sejam solidárias com essa mulher de preso político. O desejo de Priscila Kellen Oliveira, 34 anos, é conseguir um trabalho como doméstica em Belo Horizonte, MG.
Casada com Claudinei Pego da Silva, 43 anos, condenado a 16 anos e meio de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, ela está desempregada desde janeiro passado. “Claudinei está cumprindo pena na Penitenciária Nelson Hungria, aqui em Belo Horizonte, e não recebe auxílio-reclusão. Cada vez que vou visitar, a cada 15 dias, preciso de R$ 350,00 para comprar o que ele precisa lá dentro”, relata Priscila, que também sustenta o filho Gabriel, 6 anos.
Desde que Claudinei foi preso a família encontra-se totalmente desestruturada. Priscila está morando junto com a mãe em Belo Horizonte.
“Até ser preso, o meu marido tinha a sua própria oficina, onde fazia pintura e chapeação de veículos. Isso em Vespasiano, MG, onde morávamos. Ele sempre foi trabalhador, honesto e nunca se meteu em confusão. A ida dele a Brasília em janeiro de 2023 teve por objetivo participar de uma manifestação pacífica e ordeira. Condenaram ele por coisas que ele não fez”, conta a esposa, angustiada com a situação.
No ano passado, Claudinei tentou suicídio dentro do presídio, quando foi transferido para uma área isolada do presídio, chamada “corró”. Conforme a esposa, ele colocou a camiseta ao redor do pescoço e armou uma forca improvisada, mas foi impedido por um policial que conseguiu abrir a porta a tempo de impedir a tragédia.
“Meu marido ficou perturbado naquela época. Hoje está melhor. Ele entrou no presídio com 115 kg e perdeu 42 kg de uma forma que não foi normal, muito rapidamente. E a cada visita, vejo ele mais magro”, relata Priscila.

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