Ana Maria Cemin – 13/04/2024
Marileide teve câncer e hoje enfrenta problemas sérios com as sequelas, necessitando de acompanhamento médico de seu braço, que está em risco permanente de trombose venosa profunda e de consequências como infecção generalizada, choque séptico e óbito.
Esse problema ela tem há anos, mas conseguiu administrar com uma vida controlada, saudável e atendimento médico continuado. Depois de presa por 7 meses em Brasília, onde foi orar pelos governantes do Brasil, ela está sem plano de saúde, não consegue fazer exames especiais no SUS.
O Supremo Tribunal Federal condenou Marileide a uma pena de 14 anos de prisão nesta sexta-feira (12/04), sendo 12,6 anos de reclusão e 1,5 ano de detenção, além de 100 dias-multa, cada dia multa no valor de 1/3 do salário mínimo, e pagamento do valor mínimo indenizatório de R$ 30 milhões a ser pago de forma solidária entre os condenados.
A carta da presa política que segue revela os seus piores momentos desde 8 de janeiro, depois de superados o câncer de mama e a perda do pai.
“Meu nome é Marileide Marcelino da Silva, tenho 54 anos, fui criada em berço cristão, tenho endereço fixo, sou cidadã do bem, sempre paguei os meus impostos em dia exercendo a enfermagem, além de fazer trabalhos sociais em presídios e louvar nas igrejas de várias denominações que me convidavam.
Sou mãe solo de Miguel, 22 anos, e quando ele tinha 2 anos e 10 meses descobri um câncer de mama. Foi aí que minha vida virou de ponta cabeça, perdi o emprego e a minha casa; só não perdi minha fé em Deus. Fiquei com uma ferida nas costas que cabia uma mão fechada.
As reações da quimioterapia foram muitas: a gengiva sangrava, narina e anus também; tinha afta até na garganta. Cada vez que eu evacuava desmaiava ainda sentada no vaso, de três a quatro vezes por dia.
Em meio a esta guerra para sobreviver do câncer de mama, perdi o meu pai (“eu era a neguinha do meu pai”) e como estava internada não pude sepultá-lo.
Venci a doença, mas fiquei com sequelas. Foram retirados 18 nódulos da axila e, a partir de então, o meu quadro evoluiu para uma linfangite repetitiva e tive trombose no braço direito, sendo que sou destra.
Fiquei com uma série de limitações, como não poder pegar sequer um bebê no colo ou fazer um simples bordado. Eu faço uso de braçadeira, deixando sempre elevado o braço em dois travesseiros, com bolsas de gelo. Quando tenho condições financeiras faço drenagem linfática, que me alivia a dor. Uso medicações continuadas, tudo para não inflamar e ser obrigada a pedir ajuda num pronto socorro ou ser internada. No Verão, o inchaço do meu braço piora por má circulação.
FUI ORAR EM BRASÍLIA PELOS NOSSOS GOVERNANTES
Fui para Brasília a convite de uma senhora cristã; meu coração se alegrou porque queria conhecer a nossa capital federal e faria orações pelos nossos governantes, como diz na palavra de Deus. No dia 8 de janeiro de 2023 segui a multidão cantando louvores, haviam vários jovens, senhoras idosas, cadeirantes e tantas outras pessoas.
Seguimos tranquilamente pela avenida que se chama Eixo Monumental escoltados por várias viaturas, passamos por baixo de uma ponte e seguimos adiante. Fomos revistados por policiais militares que formavam um cordão e me disseram para seguir em frente. Então confiante, continuei em direção ao gramado. Estava tudo aberto, não havia cerca, e pude observar a multidão que preenchia a rampa.
Eu subi a rampa tranquilamente e fui até o côncavo e o convexo do prédio. Naquele momento dois homens tocavam o berrante, coisa mais linda de se ver e ouvir! Até gravei como recordação.
Ao dar a volta na “bacia” para ver o que tinha na parte de trás, eu comecei a me sentir sufocada e com ardência nos olhos. A fumaça vinha no sentido da rampa.
ENTREI NA PRIMEIRA PORTA PARA ME ABRIGAR
Corri e entrei na primeira porta que vi aberta, então subi por uma escadaria e entrei em uma salinha que poderia ser uma copa. Lá dentro estavam um senhor e uma senhora se escondendo do ataque da polícia. Logo entrou um policial com escudo e perguntamos se poderíamos ficara ali até aliviar o gás lacrimogênio, pois estava insuportável.
O policial nos orientou para que fôssemos até o fundo do corredor e, rapidamente obedecendo a ordem dele, fomos ao local indicado. Mal sabíamos estar indo ao fundo do posso!
Ali me senti segura, porque vi pessoas em oração, canto durante o bombardeio, que até fazia tremer toda a estrutura do prédio. E eu, sem entender nada, com medo do prédio vir a ruir, só clamava pela misericórdia de Deus!
Algo que era para ser do tipo “uma marcha por Jesus”, havia se tornado uma guerra!
Tentei sair do prédio do Senado por três vezes e não consegui. Eu estava sufocada, então permaneci na galeria orando sozinha e via ao longe mais duas senhoras.
POLICIAL CONVIDA PARA SAIR DO PRÉDIO
No final do dia, quando tudo foi acalmando e não se ouvia mais barulhos de helicópteros ou bombas, chegou um policial até a mim e perguntou se eu gostaria de sair em segurança até o lado de fora do prédio. Eu aceitei e ele saiu andando na minha frente em direção às senhoras que estavam no mesmo local. Eu fui atrás e andamos nós quatro, um ao lado do outro. Ele nos conduziu até uma salinha e pediu que aguardássemos um pouco.
Logo vieram policiais que pediram para que tirássemos os tênis, erguêssemos a camiseta, tirássemos tudo da bolsa e colocássemos os celulares em uma caixa. Me levaram para uma sala e uma policial disse que iria fazer um registro. Fez várias perguntas, uma delas se eu havia ido de ônibus ou de carro a Brasília. Sobre o meu celular, que ficou com ela, disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) depois me devolveria. (Até hoje não nos devolveram).
SALA AO LADO DA TV SENADO
Em nenhum momento me deram voz de prisão. Pelo contrário, todos estavam calados e nos levaram para uma sala tipo subsolo que ficava ao lado da TV Senado. Não tinha cadeiras no local e ficamos sentados ou deitados no chão gelado.
Mais tarde veio outro policial com folhas nas mãos dizendo que deveríamos assinar rapidamente e seríamos logo liberados. Olhei a minha folha e estava escrito “Nota de Culpada”. Questionei e o policial disse que era o protocolo, e se não assinássemos demoraria mais para nos liberar.
Ficamos naquela sala em torno de 20 horas sem água e sem alimentação. Cansada deitei no chão gelado e nada de nos liberar. No dia 9 de janeiro, por volta das 14h30, trouxeram marmitas, mas como estávamos há muitas horas sem nos alimentar, eu não consegui comer. Em seguida, nos levaram para o Instituto Médico legal (IML) num furgão. Eu e os demais estávamos achando que após o procedimento seríamos, enfim, liberados. Porém, fomos literalmente despejadas no Presídio Colmeia e ali foi o início a um GRANDE PESADELO.
VIDA DE PRESIDIÁRIA
Fomos todas para uma sala e mandaram que ficássemos com os rostos voltados para a parede e as mãos para trás. A policial então disse que a partir daquele dia aquele seria o nosso procedimento. Segui fazendo isso pelos próximos meses seguintes.
Ainda na chegada, mandaram que ficássemos nuas e este foi um dos momentos mais traumáticos e constrangedores, porque eu me sinto mutilada após a cirurgia do câncer de mama e fui obrigada a ficar exposta para todas as policias e mulheres estranhas, que choravam copiosamente.
Era algo surreal toda aquela situação humilhante, pois não fizemos nada e nem mesmo estávamos recebendo alguma explicação. Em seguida, fomos levadas para as alas; era um corredor muito comprido onde estavam as celas com beliches enferrujadas e a maioria sem estrados; as paredes emboloradas e sujas. As duas últimas celas – de número 19 e 20 – tinham paredes chamuscadas, porque duas presas comuns há meses atrás atearam fogo no local e morreram queimadas junto com um bombeiro que foi em socorro. Assim nos contaram.
UM CHUVEIRO FRIO PARA 147 MULHERES
Estávamos em 147 mulheres e somente um chuveiro frio; no início não haviam roupas para a gente se trocar. Muitas patriotas tomaram banho e lavaram suas roupas íntimas, camisetas e shorts e vestiam molhados. Muitas adoeceram e tossiam pela madrugadas a fora. Por medo, optei por ficar dez dias sem banho e com a mesma peça íntima. Por nove dias ficamos trancadas nas 24hs sem ver o sol.
Tínhamos um único vaso sanitário disponível e dois para urinar. Quando algumas presas políticas, por estarem com muita fome, comiam a comida azeda tinham diarreia. Elas evacuavam na própria marmita, porque não aguentariam esperar na fila do vaso sanitário.
Também só havia um tanque e ele serviu para lavarmos as mãos após o uso do sanitário, para escovar os nossos dentes e para lavar as roupas. Então para tudo tinha filas.
REMOÇÃO DAS FEZES COM AS MÃOS
Quando o vaso entupia, por várias vezes, duas senhoras de idade enfiavam as mãos nas fezes para desentupir. Não havia descarga, apenas dois baldinhos para jogarmos água. Ficamos mais de 30 dias sem água sanitária e, como eu, muitas sofriam com o local insalubre.
Quando a policial levava as giletes para a gente se depilar, tínhamos apenas 20 minutos. Algumas eram obrigadas a passar o constrangimento de se depilar na frente das outras.
Recebemos no início da prisão, a visita dos Direitos Humanos e os profissionais disseram que não iria nos faltar atendimento médico de ginecologista, cardiologista nem dentista. Porém durante sete meses que estive no Colmeia, nós tivemos apenas a mesma e única médica do SUS para atender o presídio inteiro, que se não me engano comportava em torno de mil presas.
DENÚNCIA DE COMIDA AZEDA E CONTAMINADA
Em outra visita dos Direitos Humanos, mostrei a minha marmita azeda e outra que estava fétida, sem condições de serem chamadas de refeição. Eles filmaram as marmitas e de nada adiantou, pois continuou vindo muitas vezes a comida azeda, com cabelos, varejeiras, larvas, tesourinha, carunchos no feijão, além do gosto de terra, sem tempero, arroz cru, até pedaços de vidros encontramos. Os legumes eram amargos, crus e com cascas; o melão quase sempre azedo.
Solicitamos por diversas vezes para as policiais que passassem adiante aquela situação caótica da alimentação. Elas tiravam fotos, mas diziam que isso sempre foi e continuaria sendo assim, e a situação perdurou pelos sete meses em que fiquei presa.
Algumas equipes colocavam as nossas marmitas no chão e a maioria delas abertas vazando. As frutas quando largavam no chão eu não pegava, por medo de estar contaminada.
Devido a sequela do meu braço não posso esfregar roupas, então em um balde eu pisava várias vezes as minhas roupas. Por este motivo, as minhas roupas de cama ficaram sete meses sem serem lavadas.
Na hora de dormir, ficávamos em onze numa cela, amontoadas por ordem das policiais. E ai de nós se desobedecêssemos! Elas diziam que iríamos parar na solitária. Às vezes, para ter um pouco de ventilação, arriscávamos a dormir no corredor na madrugada.
SEM ATENDIMENTO MÉDICO AOS FINAIS DE SEMANA
Nos dias de frio, tinham equipes de policiais que nos proibiam o uso de meias e os meus pés ficavam roxos e dormentes. Eu sou careca e, às vezes, me proibiam até de usar o meu trapo na cabeça para me proteger do frio e dor de ouvido.
Em vão, eu expliquei a minha situação para todos: equipes dos Direitos Humanos e diretora. Eles diziam que iriam levar o caso à juíza Leila Curi, responsável por aquele presídio. Mesmo com os laudos médicos me foi negado o pedido com o argumento de que no presídio é proibido toucas, braçadeiras, meias e outros.
No dia 1º de abril, um sábado, acordei com meu braço inchado, vermelho, com febre e dor. Chamei uma policial e mostrei a situação do meu braço, e pedi que me levasse a um Pronto Socorro. No presídio não tinham bolsas de gelo, a policial me tirou da Ala (acompanhada da Nilma Lacerda, técnica de enfermagem que estava cuidando de mim 24 horas e nos levou para o corró (uma jaula).
Após meia hora, a policial voltou e explicou ter passado o caso para os superiores, mas como o quadro de policiais era pequeno (como sempre) e naquele dia só tinha duas para virar a noite, ordenaram que ela nos devolvesse na Ala. Disse ainda que somente poderiam me atender na segunda-feira. Fiquei implorando por médico por 12 dias e no desespero peguei medicações das patriotas e me automediquei ao triplicar a dosagem que eu tinha disponível para a minha doença.
UMA CUIDOU DA OUTRA
Nas madrugadas, Nilma trocava as garrafas de água gelada continuamente para tentar aliviar o inchaço e desconforto; arrumou uma espuma velha e a cobriu com uma camiseta para poder elevar o meu braço, pois nem travesseiros podíamos ter.
Fazíamos vários requerimentos para passar em consulta, mas na maioria das vezes não conseguíamos, até que um dia consegui uma consulta com a médica do NUS (Núcleo de Saúde), que havia dentro do presídio.
Contei à médica que, por um milagre, o inchaço, febre e dor tinham regredido. Uma policial, chamada Vanda, olhou no sistema e quando eu disse que não havia passado no médico há 12 dias, aos gritos me chamou de mentirosa, a ponto de todas as presas comuns ouvirem, então me calei e virei o rosto para a parede para chorar e agradecer a Deus que não era com um dos nossos filhos ou uma daquelas presas.
A doutora percebeu que no sistema constava que eu havia passado em consulta, o que gerou estranheza a ela por ela estar em licença médica por quase duas semanas. Ela me fez uma declaração para que, a partir daquele dia, as policiais me deixassem na sombra, porque o procedimento no pátio obrigava a todas nós sentarmos no chão quente do sol ao meio-dia.
SÓ CHAME SE ESTIVER MORRENDO!
Quando o meu advogado me disse que o STF solicitou que eu passasse num angiologista em 48 horas, no segundo dia perguntei para uma policial me levaria até o hospital para consultar a minha comorbidade. Ríspida, respondeu: Aqui é cadeia, só nos chamem se estiverem morrendo ou babando.
Em todas as sextas-feiras, a partir das 15 horas, entrávamos em desespero porque sabíamos que se ficássemos doentes não teríamos nenhum atendimento médico até a segunda feira.
Dentre vários acontecimentos, presenciei muitas mulheres na fila do confere, cedo da manhã, caindo de fome e batendo a cabeça no chão. O chão do WC era muito liso e algumas senhoras na hora do banho escorregavam e caíam, mesmo depois de avisar às policiais nada foi feito.
CONVULSÕES POR TRÊS HORAS SEGUIDAS
A presa política Joanita, por falta de suas medicações, ficou três horas em convulsão, das 10 às 13 horas, tendo inúmeros ataques epiléticos. Levaram ela até o corredor do presídio e a médica não estava naquele dia.
Como o enfermeiro não podia fazer nada, Joanita voltou para a cela em uma cadeira de rodas sendo empurrada por outra patriota, ainda com os ataques epiléticos. Voltou pior, vomitando um suco de uva que fizeram ela beber.
Colocaram ela na cama e nós a cobrimos com cobertores, pois ela estava com os lábios roxos e gelada. Quando ela começava a ter ânsias para vomitar, eu virava ela de lado para não engasgar, e quando começava a respiração ofegante, mordedura de língua, eu colocava um paninho enrolado para ela não morder a língua. As policiais diziam que era nossa obrigação cuidarmos umas das outras.
BARRIGA RONCANDO DE FOME
Como tenho gastrite crônica, passei por duas vezes numa nutricionista que prescreveu dieta, mas nunca chegou até a mim a tal dieta. Comecei a sentir fortes tonturas ao levantar e deitar, dores nos ossos das pernas, dores na nuca, pressão oscilando, crises de choro, pânico de morrer sem ser socorrida e perdi 10kg.
Passei em claro inúmeras noites, por não entregarem as nossas medicações no dia certo, e muita fome: meu estômago roncava a ponto das patriotas escutarem e repartirem um pé de moleque em até 5 pessoas.
Não me permitiram sequer uma ligação para um familiar, fiquei sete meses sem ouvir por um minuto a voz do meu único filho. Não tinha como enviar carta para os meus familiares. Só ganhei uma caneta após 4 meses, mas não tinha papel e envelope, muito menos selo. Então escrevia no papelão das caixinhas de achocolatado que a gente abria e guardava na esperança de um dia poder enviá-las.
Não pude ler um livro, nem a bíblia que tanto amo, porque os meus óculos estavam guardados na bolsa e as policiais prometiam ir buscar ou providenciar um par, mas foram só promessas. Vivi aqueles meses das palavras de Deus que havia guardado em meu coração desde a infância.
Não podíamos ter TV e nem rádio. Soubemos que os patriotas doaram dois aparelhos de TV, mas não podíamos recebê-los. As policiais diziam que eram ordem “lá de cima”. Porém, as presas comuns tinham uma TV em cada cela e no salão de cabelereira. Muitas patriotas iam no salão para poder assistir à TV e trazer notícias para nós.
ALVARÁ DE SOLTURA
No dia 9 de agosto, recebi o meu alvará de soltura, saí do presídio e me colocaram a tornozeleira eletrônica. Minha razão de viver é adorar a Deus, meu apelido no presídio era a cantora gospel, mas hoje não tenho nem a liberdade de ir a um culto, pois na maioria das igrejas os cultos são à noite. Fico com medo de ir à tarde, com receio que chova e eu fique presa no trânsito. Se não chegar em casa até 19 horas, a tornozeleira apita e a pressão psicológica é tanta que prefiro ficar em casa.
Só saio para ir nas consultas médicas, fazer exames ou algo do tipo. Perdi o meu convênio médico e estou correndo atrás do SUS pela primeira vez em toda minha vida. Desde 15 de agosto de 2023 luto para ser atendida por um angiologista e fazer um exame de imagem (doppler) para saber como está meu braço. Ainda não consegui realizar o exame.
Depois de toda esta experiência amarga que passei com o Estado Brasileiro, sei que agora condenada há 14 anos, não terei o suporte necessário para o meu tratamento. O que me resta agora é continuar chorando às escondidas, nas noites, me despedindo em silêncio do meu filho e da minha mãe.”
São Paulo, 13 de abril de 2024.
Boa tarde patriota eu falo que às portas vai se abrir mais estamos pagando um preço muito alto.
Deus já está cuidando para que toda esta injustiça termine.
Deus já está cuidando de tudo para que sua fé seja honrada com bençãos inigualáveis .
Boa tarde Patriotas, agradeço todos os dias ao meu bom Deus por não ter descido para a Colméia. Fui uma das Patriotas que estava acampada no QGEX, e no dia 9 vamos obrigados com mentiras a entrarem nos ônibus , mas através de um advogado conseguir sair no mesmo dia à noite, depois de ter sido encaminhada a fazer um depoimento. Lê o depoimento da Patriota , falando que a Atendente de Enfermagem Nilma Lacerda ,era quem a ajudava nas dificuldade que passava. NilmaLacerda é da minha Cidade e no dia oito não tinha voltado para o acampamento. A irmã dela ficou preocupada e ficamos na procura, pois só ficamos sabendo depois que ela já tinha sido levada para a Colméia. Tenho 77 anos e fico pensando, o que seria de mim se naquele fatídico dia 9 teria sido levado para a Colméia. Agradeço todos os dias por ter me livrado deste sofrimento. E oro por todos os patriotas que estão sofrendo até hoje ,e sofrendo junto com eles. Confio que um dia Deus vai dar resposta a estes desalmados. Amém!
Você realmente foi abençoada, porque o sofrimento dessas pessoas é muito grande. O emocional fica completamente abalado com tantas injustiças e ainda tem um povo de esquerda que vibra com toda essa maldade. Imagino que essas pessoas têm dentro de si uma semente do mal.
Muito triste e lamentável sua história, mas infelizmente vocês caíram na balela de Bolsonaro, que Deus cuide de você.