
Ana Maria Cemin – 30/07/2025
Em visita realizada às 15 horas da tarde de ontem, 30 de julho, o advogado Reilos Monteiro confirmou pessoalmente o estado degradante das condições físicas do preso político PB, condenado a 17 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.
O preso do 8 de Janeiro apresenta feridas visíveis nas pernas, especialmente na esquerda, com indícios de necrose, além de lesão na cabeça e sinais de que as feridas estão se espalhando pelo corpo. Ele relatou ao advogado que solicitou diversas vezes atendimento médico especializado (“catatal”), porém nunca foi atendido por um médico, apenas por psicólogos.
PB está atualmente custodiado no CDP II Bloco I do Complexo Penitenciário da Papuda. Desde sua reclusão, em 26 de junho, apresenta quadro de saúde gravíssimo, incluindo depressão profunda e sintomas psiquiátricos sérios.
Diante da urgência da situação, o advogado notificou os agentes de plantão. A resposta recebida foi que o réu deveria aguardar agendamento médico — mesmo diante da gravidade clínica observada.
“Foi negado o acesso ao médico da instituição e ao acompanhamento médico. O caso configura, segundo o advogado, indícios de omissão de socorro”, denuncia Reilos Monteiro.
⚠️ Histórico de atendimentos e agravamento clínico
PB recebeu apenas dois atendimentos médicos desde sua internação: o primeiro, no momento da reclusão; o segundo, em 8 de julho, após pedido de acompanhamento psiquiátrico, quando foi atendido apenas por psicólogo. Segundo o advogado, o pedido de acesso ao prontuário médico foi negado novamente, impedindo que a defesa tenha base documental para suas reivindicações.
Dr. Monteiro afirma que o quadro clínico vem se agravando visivelmente e que o Estado — responsável pela guarda e custódia — não está garantindo sequer o mínimo necessário para a sobrevivência do custodiado.
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