Ana Maria Cemin – Jornalista – 10/07/2024
O patriota Lauro Henrique Souza Xavier foi preso no dia 1º de julho ao assinar no fórum de sua comarca e, mesmo com o juiz da audiência de custódia tendo concordado com a revogação da sua prisão, devido a problemas de monitoramento, ele permanece preso.
Quem nos conta essa história é o advogado Geovane Veras Pessoa, que atende Xavier. Vamos aos fatos narrados pelo Dr. Pessoa:
“Lauro estava em liberdade, fazendo uso da tornozeleira eletrônica. Porém, em função da tornozeleira não estar funcionando normalmente, o patriota voltou ao Centro de Monitoramento a fim de trocar a tornozeleira. Ocorre que a tornozeleira já foi trocada duas vezes e o problema persistiu.
O local onde o patriota trabalha é em uma fazenda, no interior do Alto Araguaia, MT, e não tem boa cobertura de sinal da internet. Em razão dessa falha, o patriota fazia uma ligação telefônica a cada 48 horas para o Centro de Monitoramento, quando informava que se encontrava trabalhando na fazenda e que lá não tem uma boa cobertura de internet.
Para surpresa do patriota e de sua família, no dia 1º de julho, quando o patriota foi se apresentar no Fórum, como faz toda semana, foi preso pelo descumprimento das cautelares. Na audiência de custódia, realizada dia 2 de julho, pedimos a revogação da prisão e provamos que havia mal funcionamento da internet. O Ministério Público Federal, durante a audiência, opinou pela revogação da prisão por entender que não houve a violação das cautelares.
O juiz da audiência de custódia não tinha poderes para decidir sobre a liberdade do patriota, passando a decisão para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que, absurdamente, como de costume, negou a liberdade de um patriota que vinha comparecendo todas as segundas-feiras ao fórum de sua comarca no Mato Grosso.
Ou seja, Lauro Xavier estava trabalhando em uma fazenda na zona rural, com o consentimento do ministro Alexandre de Moraes, que ignorou as nossas justificativas”, relata o advogado.
Assim como Lauro, vários presos políticos do MT foram presos nos últimos dias por mau funcionamento da tornozeleira e, mesmo com a explicação dos seus advogados, permanecem em cadeias locais.