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UM DESABAFO VINDO DA CELA

Ana Maria Cemin – 23/10/2024

O texto que segue me foi entregue pela esposa do preso político Marcos Caldas, a Mônica, na manhã desta quarta-feira, dia 23 de outubro. Ele escreveu ontem, no silêncio da sue cela, em Santa Catarina.

“Neste exato instante em que me ponho a escrever esta carta, volta à memória a lembrança de várias manifestações verde amarela; do vibrante ressurgimento do sentimento do patriotismo e resgate da nossa cultura baseada e alicerçada em princípios cristãos. Isto entre 2018 e 2022.

O espírito harmonioso com o qual essas manifestações ocorreram do início ao término de cada uma era impressionante: limpeza, respeito mútuo, paz, colaboração, alegria, compaixão e amor. Sem qualquer discriminação de raça, idade, credo e gênero. Famílias inteiras participavam, também.

Foi um despertar coletivo ante ao pesadelo silencioso, contínuo e estratégico visando a destruição dos nossos bens mais preciosos e fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo e nação, plenamente: o amor a nossa pátria, vultos e símbolos; à família tradicional  – pai e mãe, homem mulher; à liberdade de culto a Deus e uso da Bíblia;  liberdade de ir e vir; e de expressão.

Por todo esse período éramos tratados pelas televisões, a rede esgoto, principalmente, como manifestações antidemocráticas e golpistas, inclusive.

Estas entidades do mal, estas pessoas que “governam” o nosso país hoje são pessoas que no seu íntimo são frustradas por incapacidade de semear o bem, extirpando e extraindo antes o egoísmo de si. São fracos, por isso abrem mão da força, da tirania. No fundo estão se “borrando” de medo.

Agora precisamos refletir: tal qual a Venezuela e Cuba que, respectivamente, com  mais de 20 anos e cerca de 60 anos amarguram suas as ditaduras, será precisamos disso? O que ainda precisamos para vencermos? Fingir que nada está acontecendo não livrará os nossos filhos e netos das teias  do narcotráfico, das ideologias de gênero, da violência e de todas as mazelas causadas pela alienação nossa e pela corrupção.

Em Brasília fique preso por 7 meses. Agora mais 5 meses. Um ano, meus irmãos e compatriotas!

É tudo muito complicado. Ser tirado da vida em sociedade, da família, do nosso singelo conforto. São dificuldades de todas as ordens: saúde, financeira, emocional, social, do ir e vir, do expressar-se, da privação de liberdade.

A libertação da Índia só foi possível porque mais de 1.000 homens estavam juntos e alinhados pela mesma fé que Mahatma Gandhi. Por isso nós aqui no Brasil necessitamos nos despojarmos, nos desprendermos, nos desapegarmos da mesa farta, do olhar para o seu umbigo, somente.

Precisamos de um verdadeiro sentido para as nossas vidas, um propósito de visa que signifique garantir as futuras gerações viverem em uma democracia, num país livre.

O que nos mantêm em pé e firmes, nós perseguidos políticos, nós presos políticos, nossos familiares, é a fé em Deus. Conclamo a todos os milhões de brasileiros: Não desistam! Continuem firmes na fé. E quando convocados lotem as ruas, praças e largos”.

De um preso político

Marcos Caldas

1 comentário

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Ana Claudia Assunção

Nossa , essas palavras de meu irmão patriota realmente mexeram comigo , por que compartilho da mesma dor ! Eu tenho.um sonho de ver o País livre da ditadura , ver meus irmãos que hoje se encontram presos voltarem para suas vidas , seu lar, sua família amada e a restituição de tudo que nos foi roubado !! Que Deus alcance o coração de cada preao político nesse momento e também de seus familiares, levando Fê de que tudo isso logo cairá por terra com.o agir de Deus . Isaías 60:22

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